domingo, 30 de novembro de 2008

A importância do capital humano para os negócios


O capital humano é composto pelas mentes que trabalham em uma companhia. Cada um dos colaboradores constitui-se como um capital humano que, unidos, formam a força de trabalho ou a mola propulsora dos negócios de uma empresa.
Evidentemente que há pessoas ou capitais humanos em posições mais estratégicas, de liderança, comando. Outros funcionários ocupam níveis intermediários, gerenciam uma massa que fica no nível operacional. Mas cada um tem sua importância.
Cabe aos líderes comandarem essa orquestra para que uma nota fora do tom não leve toda a sinfonia por água abaixo.
Mas o que as grandes empresas percebem, cada vez mais, é a necessidade de ampliação do capital humano. Para que as companhias se projetem e ganhem mercados, precisam de colaboradores multifacetados, com pensamento global, que compreendam o mundo e não apenas olhem para seu próprio quintal, isto é, para dentro da empresa onde trabalham.
Os colaboradores devem compreender as barreiras culturais, hábitos de cada uma das nações interessantes para os planos da empresa e buscar transpor possíveis obstáculos. Se dominar um idioma estrangeiro é necessário para transpor uma dificuldade, devemos dominá-lo. Se compreender que um país tem regras para o abate de seus animais reguladas por dogmas religiosos, vamos compreendê-las e adaptar seus próprios negócios a tais regras e não questionar com quem estamos negociando; se em alguns países as mulheres não podem ser as negociadoras, então vamos enviar somente homens para que façam essa interface. Entre muitos outros exemplos.
Compreender outras culturas se faz necessário para quem quer alçar vôos mais altos. É preciso, pois, globalizar-se, mergulhar no outro país, conviver com seus cidadãos, ver como negociam, do que gostam e do que não gostam, perceber suas forças, fraquezas, as oportunidades que se apresentam para nós. Feito isso, também não podemos deixar de lado nossa própria análise: como nosso capital humano está posicionado em relação ao capital humano daquele país onde pretendo me instalar enquanto empresa, ou com quem quero negociar?
Meus colaboradores estão “afiados”? Compreendem muito bem nossos próprios negócios e conseguem passar de forma clara seus objetivos para o outro cuja cultura é distinta das deles? E se eles não estiverem, nossas empresas vão fornecer todos os subsídios necessários para esse preparo?
Companhias e seus líderes devem ter um pensamento global para se posicionarem globalmente. Já não adianta mais querer que o colaborador apenas freqüente o cursinho de inglês. E se desejam que a linha de raciocínio seja macro, também é necessário impulsionar isso por meio de políticas de recursos humanos, treinamento, incentivos adequados ao posicionamento estratégico que se quer atingir.
Um exemplo é a Chubb Seguros. Trata-se de uma companhia norte-americana com operação no Brasil. A seguradora vinha de uma sequencia de resultados negativos quando um novo presidente & CEO assumiu em 2005.
Ele resolveu tropicalizar os produtos da matriz, isto é, adaptá-los totalmente à realidade brasileira e adotar uma nova estratégia de recursos humanos visando a excelência do atendimento prestado pela equipe que já estava na casa. Treinamentos diversos, dentro e fora do país, diversos incentivos, programas de meta, entre outras medidas, potencializaram os resultados dos colaboradores que praticamente dobraram seus resultados. Como conseqüência, a empresa dobrou os números daquele ano e passou a operar no azul,tornando-se lucrativa em um período menor do que um ano.
O CEO afirma que tudo isso foi possível porque as pessoas sabiam que não seriam demitidas – ele deixou isso bem claro ao assumir o posto – e delegou poderes aos colaboradores de modo que compreendessem que sair daquela situação dependia, em alto grau, deles mesmos.

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